Boas-vindas a Escreversos & Literaneios!
É muito comum quando começamos a aprender um novo idioma nos depararmos com a seguinte pergunta: "o que devo fazer para começar"? Procuramos diversos métodos e experimentamos inúmeros materiais para respondê-la, e as informações são tantas que nos cobramos demais e ficamos perdides. No entanto, isso também acontece com quem estuda há anos um ou mais idiomas.
Por que isso acontece?
Às vezes, nós nos encontramos em um período de nossas vidas no qual nos sentimos desmotivades ou no qual estamos completamente atarefades; às vezes, os materiais e os métodos que utilizamos se tornam mais um empecilho que um facilitador. E, com isso, a pergunta ressurge: "o que devo fazer para (re)começar"?
Então, voltamos à estaca zero: procuramos diversos métodos e experimentamos inúmeros materiais, e as informações com as quais nos deparamos são tantas que nos cobramos demais e ficamos mais perdides que antes. E é aqui que está o alerta.
Quando fico muito tempo sem estudar um idioma — seja por quebra de rotina, seja por falta de ânimo, seja por estudo ou por trabalho —, sempre retorno a essa pergunta. Como consequência, começo toda uma odisseia em busca de vídeos, de reportagens, de blogs, de livros, de qualquer fonte que possa me fornecer informação suficiente para recomeçar os estudos da forma mais prática e funcional possível. Mas são tantas informações, e o desejo de (re)aprender tudo é tão incontrolável, que, no fim, nada funciona. E, em parte, nada funciona porque me deixo levar por todas as possibilidades que surgem na minha frente.
Existem milhares de métodos e de materiais com os quais podemos estudar um idioma; é claro que alguns são mais difíceis de termos acesso que outros — como os materiais que estão em um idioma intermediário, por exemplo — e que alguns são mais rigorosos que outros — como os métodos que exigem horas e horas do nosso dia a dia —, mas a verdade é que não existe fórmula mágica para aprender idiomas.
"Nem todo método ou material funciona para todo mundo."
Forçar-nos demais a um método que não está trazendo resultados pode acabar fazendo com que toda a nossa paixão pelo idioma se apague; pode nos frustrar a ponto de acabarmos desistindo dele para sempre.
Com base na minha experiência, sei que é difícil criar uma rotina de estudos — ainda mais quando perdemos contato com o idioma —, sei que é difícil ter motivação diariamente — é até surreal pensar assim — e sei que é difícil encontrar métodos ou materiais perfeitos — porque eles mudam o tempo todo, assim como nós mudamos com o passar do tempo.
Nem sempre as coisas funcionam. Nem sempre estamos bem. Talvez o maior conselho que eu possa dar — inclusive para mim mesmo — seja:
"Tenha constância."
Ter constância não é sobre nunca fazer pausas, e sim continuar após fazê-las. As pausas são mais do que necessárias: são fundamentais.
Então, tomemos o nosso tempo, mas não desistamos. Tentemos novos métodos, novos materiais, mas também saibamos deixá-los. E, acima de tudo, sem nunca exigirmos demais de nós mesmes, façamos o que, de fato, funcione para nós.
E isso não se aplica só a idiomas.
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